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Cinema & Antropologia

O programa Cinema & Antropologia: os bastidores do filme etnográfico foi criado em 2001 para a UTV – TV Universitária do Rio de Janeiro - com o objetivo de apresentar filmes realizados no âmbito de pesquisas sociais. Foi extinto em 2005 após a apresentação de trinta programas, compostos de uma entrevista com o pesquisador e a exibição de seu filme.  

 

Cinema & Antropologia inicia uma nova série, agora sem as amarras da grade televisiva, dando continuidade às conversas sobre as condições de realização da pesquisa e do filme, as formas de interação com as pessoas filmadas, as particularidades de cada um, a relevância do uso da imagem nas ciências sociais, entre outras. A ideia é estimular o debate sobre as condições de elaboração de um audiovisual científico no campo das Ciências Sociais.

Cinema & Antropologia. Os bastidores do filme etnográfico
 
Coordenação: Clarice Ehlers Peixoto

1. Os segredos da mata, de Dominique Gallois e Vincent Carelli, 37min, 1998, Br. 

Quatro fábulas sobre monstros canibais narradas e interpretadas pelos índios Waiãpi: Kanhã Makui (O segredo do invisível), Akukusiã (O dono da caça), Anhã Tapirãe (A flecha mágica canibal) e Anerao (o morcego canibal).

 Filme

 Entrevista

2. Arca dos Zo’é, de Dominique Gallois e Vincent Carelli, 22 min., 1993, Br.


Os índios Waiãpi, que conheceram os Zo´é através da televisão, decidem ir ao encontro destes índios recém contactados no rio Cuminapanema (norte do Pará) e documentá-los. Ambos de língua Tupi, eles compartilham muitas tradições culturais, mas os Zo´é vivem hoje a experiência de contato que os Waiãpi tiveram há vinte anos.

Filme

Entrevista

3. Os velhos na propaganda, de Guita G. Debert, 18min., 1998, Br.

A imagem dos velhos transmitida nas publicidades da TV: a representação dos publicitários sobre velhice e o feed-back dos velhos sobre as propagandas. 

Filme  

Entrevista

4. Em busca do pequeno paraíso, de Clarice E. Peixoto, 20min., 1993, Fr.

Em Paris, para escapar da solidão, duas senhoras se encontram todos os dias na praça, na feira ou no café. Ao assistirem as suas próprias imagens e as imagens dos velhos cariocas jogando vôlei ou dançando no baile na praça, elas comentam estas práticas de sociabilidade nos espaços públicos, lembram de sua juventude e discorrem sobre a velhice e suas dificuldades.

Filme

Entrevista

5. Jean Rouch, subvertendo fronteiras, de Ana Lucia Ferraz, Edgar Teodoro da Cunha, Paula Morgado, Renato Sztutman, 41min., 2000, Br.

 

Abordagens dos principais temas da obra do antropólogo Jean Rouch, a partir da visão de vários cineastas e antropólogos brasileiros e comentários do autor sobre seus filmes: arte-ciência, etnoficcção, antropologia compartilhada, cinema verdade.

 

Filme

Entrevista

6. Habitantes de rua, de Claudia Turra Magni e Nuno Godolphin, 52min., Br. 

Sobre as diferentes populações de rua em Porto Alegre. As imagens distinguem os grupos e permitem uma intimidade do espectador com esse universo da vida urbana.

Filme

Entrevista

7. Meninas Mulheres, de José Roberto Novaes, 23min., 1999, Br.

O dia a dia de famílias que se reproduzem fora dos modelos idealizados pela sociedade, enfrentando situações de desemprego, falta de moradia. Famílias que se reproduzem em estreita convivência com as drogas, gravidez precoce, prisões... retratos de meninas que se tornam mulheres e mães aos 12 anos.

Filme

Entrevista

8. Sonhos de criança, de José Roberto Novaes, 17min., 1994, Br.

O filme registra as várias faces de uma realidade distante dos direitos contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, e próxima da situação de exclusão social que caracteriza adultos e crianças na agroindústria brasileira.

Filme

Entrevista

9. Conversas de crianças, de José Roberto Novaes e Paulo Pestana, 23min., 1998, Br.

Através de histórias contadas por crianças e adolescentes, o vídeo apresenta o cotidiano nos assentamentos do Movimento dos Sem Terra. Imagens e falas tecem suas relações com o trabalho, a escola e as brincadeiras, mostrando importantes aspectos da vida familiar daqueles que lutam pela terra.

Filme

Entrevista

10. Meninos da roça, de José Roberto Novaes, 18min., 1994, Br.

Na periferia de Campos (RJ), empreiteiras ou gatos arregimentam para o trabalho a maior parte dos 40 000 canavieiros empregados na safra da cana. Desse contingente participam os meninos e meninas da roça.

Filme

Entrevista

11. Pomba Gira, de Maja Vargas e Patrícia Guimarães, 13min., 1998, Br.

Personagem feminino mítico que vem do inferno para resolver questões domésticas e sexuais. Na favela da Rocinha, mulheres desta e de outras vidas falam basicamente de homem.

Filme

Entrevista

12. E por aqui vou ficando..., de Pedro Simonard, 20min., 1993, Br.

A história de um cortiço do centro do Rio de Janeiro, ameaçado de despejo. Os rearranjos familiares e as reformas nos antigos cômodos, transformados em apartamentos.

 

Filme

Entrevista

13. O Arco e a Lira, de Priscilla Ermel, 18min, 2001, Br.

Neste documentário, acompanhamos Ambagá Gavião na expressão de seus sentimentos amorosos tocados pelos arquinhos iridinam. Numa viagem etno-poética pelo universo feminino tupi-mondé, mergulhamos na teia sonora, estética e performática que permeia o cotidiano das mulheres indígenas da aldeia Ikolem (RO, Brasil).

Filme

14. Saudade, de Bela Feldman-Bianco, 57min., 1991, EUA.

Histórias de portugueses que imigraram para a cidade americana de New Bedford, uma das maiores colônias portuguesas do país. O vídeo lança mão de filmes de época e fotografias, resgatando a história e a cultura locais.

Filme

Entrevista

15. A Palavra que me leva além: estórias do Hip Hop Carioca, de Bianca Brandão, Emílio Domingos e Luisa Pitanga, 30min, 1999, Br.

Percorrendo os quatro elementos que são a base da cultura hip-hop: o break, o grafite, o MC e o DJ, o documentário mostra as especificidades do rap carioca, caracterizado pela ousadia e diversidade musical; suas realizações e celebrações, registradas em eventos, festas, coletâneas e programas de rádio comunitária; a preocupação social presente nas oficinas onde se ensina o break, o grafite e a discotecagem e, por fim, a importância da palavra como fator de conscientização.

Filme

Entrevista

16. Mauss, segundo suas alunas, de Carmen Silvia Rial e Miriam Grossi, 45min, 2002, Br.

Biografia das ideias e ensinamentos de Marcel Mauss, considerado o fundador da Antropologia que viveu e escreveu na primeira metade do século XX, na França. Sua obra é discutida através do depoimento de três alunas, em Paris entre 1997 e 1999. Denise Paulme faleceu 4 meses depois da entrevista, Germaine Diertelen, faleceu 9 meses depois e Germaine Tillion, com 95 anos em 2002, ainda trabalha. As três integraram a primeira geração de antropólogos franceses, formada nos anos 30.

Filme

Entrevista

17. O resto é o dia a dia, de Andréa Barbosa, 11min, 2002, Br.

O vídeo mostra a trajetória da experiência de viver em São Paulo: da visão estereotipada da cidade, impessoal e distante, à cidade afetiva de cada um.

Filme

Entrevista

18. Microfone, senhora, de Rose Satiko Hikiji, 16min, 2003, Br.

Jovens internos na Febem Tatuapé participam da gravação de uma música para o CD de um grupo de rap em São Paulo e se apropriam do microfone ora assumindo o papel de repórter ou entrevistado, ora fazendo música ou narrando a situação de internação, seus sonhos e expectativas. O vídeo conta ainda com imagens das oficinas de vídeo realizadas pela autora em 1999, ano das mais violentas rebeliões da história da Febem.

Filme

Entrevista

19. Ponteio: jogaram a viola no mundo, mas fui lá no fundo buscar, de Camilo Vannuchi e Francisco Simões Paes, 54min, 2001, Br.

O documentário traça um panorama do mais representativo instrumento do Brasil, a viola, trazido de Portugal em meados do século XVI e rapidamente assimilado pelo homem do campo deste país. Uma viagem pelo interior de São Paulo e Minas Gerais, os diferentes modelos de viola, sua importância para o resgate da cultura popular brasileira.

Filme

20. Mulheres de luta, de Patrícia Gouveia, 17min, 1998, Br.

Portadora do vírus HIV, Valda participa de um Programa em Saúde Preventiva, baseado na informação, educação e comunicação para prevenção da AIDS no morro do Borel (RJ) onde mora.

Filme 

Entrevista

21. Surumi: as metamorfoses da Virgem, de Virginie de Véricourt, 36min., 1998, Fr.

Na região ao norte de Potosi, na Bolívia, no mês de agosto, o vilarejo de Surumi se transforma no teatro dos que veneram a Virgem. Os peregrinos que vêm de fora pedem graças e bens materiais à Virgem de Surumi enquanto para os camponeses da região, a festa de é a ocasião do encontro ritual no qual se afrontam duas comunidades opostas.

Filme

Entrevista

22. Maria Lacerda de Moura – trajetória de uma rebelde, de Ana Lucia Ferraz e Miriam Moreira Leite, 33 min., 2003, Br.

O vídeo é um trabalho experimental de transposição de pesquisa histórica sobre esta autora realizada por Miriam Moreira Leite entre 1978 e 1983, baseada na documentação manuscrita, publicada e fotográfica, do período entre 1918 e 1939, entre as duas Grandes Guerras.

Filme

Entrevista

23. Guariba – 1984, de José Roberto Novaes, 11min., 2002, Br.

O fio condutor do vídeo é a exibição de imagens dos dias da greve de 84, na inauguração da sub-sede do sindicato no bairro de João de Barro, em agosto de 2001. Realizado no mesmo bairro em que se destacou a violência policial de 84, este documentário registra a preocupação dos sindicalistas em resgatar a história e incorporar a memória do passado nas lutas do presente.

Filme

Entrevista

24. A memória em nossas mãos, de José Roberto Novaes, 16 min., 2002, Br.

Tornando vivas as lembranças da “Greve de Guariba” de 84, os personagens deste documentário falam sobre o presente. Na mais rica região do país, homens e mulheres descrevem as precárias condições de vida e de trabalho. Dezessete anos depois da greve, avaliam os ganhos, as perdas impostas pelas mudanças tecnológicas e novas formas de gestão do trabalho agrícola e constroem alternativas.

Filme

Entrevista

25. Família Tetra, de Emilio Domingos, Fabiene Gama, Lucia Albuquerque e Maria de Andrade, 50min, 2003, Br.

Rio de Janeiro, Morro do Cantagalo: 1994. Quatro jovens comemoram o tetra campeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol. Espontaneamente, com 50 crianças e adolescentes criam a Família Tetra, associação cujo vinculo é a amizade. Promovem jogos de futebol, festas e reuniões na comunidade. O vídeo mostra o cotidiano e as dificuldades para manter a união do grupo. Um outro tipo de família.

Filme

Entrevista

26. Vulgo Sacopã, de André Reyes Novaes e Pedro Urano, 26min, 2002, Br.

O vídeo apresenta o eremita Antônio que vive na encosta do Pico do Sacopã, no coração da zona sul carioca. Enquanto luta pela posse da terra onde vive, ele observa o mundo, cultiva ervas medicinais e faz pintura. Um universo cujo cotidiano inspira narrativas míticas e encerra os conflitos que regem o processo de desenvolvimento e urbanização Entre os prêmios que recebeu estão o de Melhor Documentário do ‘Vide Vídeo’ (2002) e o prêmio Destaque em Retrato Humano no 8° Festival de Cinema Universitário.

Filme

Entrevista

27. Bebela e a revolução gaúcha de 1923, de Clarice E. Peixoto, 40min, 2004, Br.

Ao longo dos seus quase 102 anos Bebela guardou na memória os acontecimentos da revolução gaúcha de 1923, da qual ela participou ao lado do pai e do marido, em Cruz Alta, sua cidade natal. Durante mais de 10 anos, registrei os relatos de minha avó sobre a importante participação feminina nesta revolta, revelando a singular atuação das mulheres nos episódios políticos brasileiros. Muitas fotografias e recortes de jornais animaram nossas conversas, entrelaçando assim os fragmentos de sua memória.

Filme 

Entrevista

28. Jon Joηu-Nε. Territórios da loucura, de Denise Dias Barros e Gianni Puzzo, 22min., 2000, Br.

Este vídeo integra a pesquisa de doutorado da antropóloga e foi realizada na sociedade Dogon, na República do Mali (África do Oeste). O filme procura tratar as interpretações da loucura a partir da ótica da sociedade Dogon.

Filme

Entrevista

29. A morada das águas, de Ana Luiza Carvalho da Rocha e Rafael Devos, 25min, 2003, Br.

Sobre o cotidiano e a memória de antigos moradores da Ilha Grande dos Marinheiros, Porto Alegre. Este vídeo trata de algumas questões sobre a relação entre memória coletiva, narrativa e espaço fantástico referentes ao Parque Estadual Delta do Jacuí, reserva ambiental em Porto Alegre, RS. Através das narrativas sobre lugares "assombrados" contadas por moradores das ilhas, busca-se investigar os significados atribuídos a esses espaços.

Filme

Entrevista

30. Ciranda, cirandinha, de Claudia Fonseca, 27min., 1994, Br.

A partir do depoimento de mães, avós, madrinhas e crianças, o vídeo mostra a trama das relações sociais que respaldam a circulação de crianças nos bairros populares em Porto Alegre.

Filme não disponível

Entrevista

31. Santos Dumont, de Henrique Lins de Barros, 60min., 1999, Br.

Este vídeo focaliza a vida e a obra de um dos homens mais importantes da história da aviação, o inventor brasileiro Alberto Santos Dumont. Através de fotos e filmes de época, recupera os caminhos que percorreu, desde a conquista da dirigibilidade dos balões com soluções aerodinâmicas para eleva-lo e mantê-lo no ar ao vôo do 14bis.

Filme

Entrevista

32. Senhora Aparecida, de Catarina Alves Costa, 55min., 1994, Pt.

Na cidade de Aparecida, ao norte de Portugal, a população prepara a festa religiosa anual: os andores são decorados assim como os caixões onde os penitentes desfilam para pagar suas promessas. Recém-chegado à aldeia, o jovem padre quer terminar com a tradição, criando um conflito com os pagadores de promessa. O filme mostra a religiosidade tradicional e a modernidade religiosa.

Filme

Entrevista

33. O arquiteto e a Cidade Velha, de Catarina Alves Costa, 72min., 2003, Pt.

O arquiteto português Álvaro Siza é convidado a coordenar a recuperação da Cidade Velha, no Cabo Verde, que se candidata a Patrimônio Mundial da Unesco. O projeto suscita expectativa de melhoria das condições de vida na população local, mas como lugar histórico, primeira cidade fundada pelos portugueses, deve retomar sua estrutura original: telhados de palha. O filme mostra o encontro entre os políticos locais, o arquiteto e a população e as negociações travadas ao longo de três anos.

Filme e entrevista

34. Regresso à terra, de Catarina Alves Costa, 35 min., 1993, Pt.

Numa pequena aldeia isolada na Serra D’Agua, norte de Portugal, espera-se ansiosamente a chegada dos imigrantes que regressam de férias. Durante dois meses acontece o encontro com a família, os amigos e o Santo padroeiro. Apesar do contraste cultural entre os que ficam e os que partem, a identificação dos emigrantes constrói-se com base nessa ligação ao rural, à terra. 

 

Filme

Entrevista

35. Um casamento no Paquistão, de Sylvia Caiuby Novaes, 46min, 1994, Pk.

A antropóloga brasileira acompanha os preparativos para a festa de casamento de uma jovem paquistanesa: a escolha dos tecidos para os vestidos, a pintura das mãos e pés, a preparação do salão de festas, os convidados. Muitas conversas e brincadeiras entre as mulheres durante a preparação da festa. 

Filme 

Entrevista

36. Faces in the crowd, de Paul Henley, 40min, 1994, Uk.

O filme segue um grupo de “fãs reais”, que viaja por todo o país para encontrar os membros da família real nas manifestações públicas. Eles ficam horas e horas e horas, às vezes passam a noite, esperando encontrá-los na manhã seguinte. Chegam cedo para pegar um lugar exatamente em frente ao trajeto dos membros reais. Levam flores, retratos e tiram fotos para mostrar aos outros.

Entrevista

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37. Os seres da mata e sua vida como pessoas, de Rafael Devos, 30min, 2010, Br.

“Essa câmera vai funcionar como um olho e o ouvido de todos que estão atrás dessa câmera, ela vai ser uma criança que vai estar escutando a fala dos meus avós”. Assim o jovem cacique Vherá Poty apresenta as imagens dos “bichinhos” e as narrativas mito-poéticas dos velhos em torno dos modos de criar, fazer e viver a cultura guarani, expressos na confecção de colares, no trançado das cestarias e na produção de esculturas em madeira dos seres da mata: onças, pássaros e outros “parentes”. 

 

Filme

Entrevista

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38. As Sementes, de Beto Novaes, 30min, 2015, Br.

O documentário As Sementes retrata trajetórias de vida de mulheres agricultoras que participavam ativamente de movimentos agroecológicos no Brasil. Elas estão sendo protagonistas de mudanças sociais importantes no campo brasileiro. Essas mulheres se organizam de forma autônoma, em movimentos próprios, e têm construído como lideranças sociais e políticas que questionam muitos preconceitos presentes no imaginário social.  

 

Filme e entrevista

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39. Nuvens de Veneno, de Beto Novaes, 23min, 2015

"A nuvem se espraia pelas plantações em vez de molhar seca ela não traz a chuva traz o vento." O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de soja, algodão e milho e também um dos maiores consumidores de fertilizantes químicos e agrotóxicos. NUVENS DE VENENO expõe as preocupações com as consequências do uso desses agroquímicos no ambiente, especialmente na saúde do trabalhador. Um filme revelador que faz refletir sobre a forma que crescemos e sobre o tipo de desenvolvimento que queremos.

 

Filme

Entrevista

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